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domingo, 7 de junho de 2015

Empreiteiras envolvidas na Lava-Jato tentam acordo com o governo


Segundo a Folha de S. Paulo, empresas querem trocar perdão por pagamento integral de indenizações. 

Empresas envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras, investigado pela Operação Lava-Jato, tentam um acordo com o governo. A proposta, elaborada pelos advogados Walfrido Jorge Warde Jr, Gilberto Bercovici e José Francisco Siqueira Neto, é trocar o pagamento integral de todas as indenizações devidas pela inocência em relação aos danos causados à Petrobras. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. 

Atualmente, os acordos de ressarcimento à empresa estatal e à União tramitam na Controladoria-Geral da União (CGU), mas a proposta é que sejam transferidos para a Advocacia-Geral da União (AGU), órgão que tem autoridade para fazer esse tipo de acordo. As chances de que esse acordo seja aceita são pequenas, porque as construtoras ainda correm risco de condenação pela Justiça, o que as impediria de fazer negócios com o governo. Esse impedimento levaria muitas das empreiteiras à falência. 

Segundo a reportagem da Folha, a proposta é que as empresas paguem seus débitos à vista e fiquem livres da culpa. O pagamento seria feito com ações que dão direito de decisão sobre o rumo das empresas. Com isso, os executivos dariam suas ações e sairiam do negócio. Esses papéis seriam leiloados na Bolsa e qualquer investidor poderia participar da oferta. O acordo faria com que as empreiteiras voltassem a operar normalmente, e as ações tenderiam a se recuperar. 

Ainda segundo a reportagem, os advogados que elaboraram o acordo são especialistas em mercado de capitais e negam representar o interesse das empresas. De acordo com eles, a proposta é uma alternativa para garantir a atividade econômica do setor, responsável por grandes obras de infraestrutura no Brasil. 

O Ministério Público tem se posicionado contra qualquer discussão nesse sentido. Para ministros, diz a matéria, esse acordo é improvável, porque passaria a ideia de que a presidente Dilma tenta salvar quem cometeu delitos. 


Fonte: DIÁRIO CATARINENSE

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