No Brasil, estima-se que, nas últimas três décadas, o número de alérgicos tenha aumentado em 50%
Foto: Steve Knight / iStockphoto
Jaqueline Sordi
Do álcool gel à comida pasteurizada, dos antibióticos ao aspirador de pó, do sabonete bactericida aos banhos diários: a verdade é que nunca estivemos tão limpos. O nosso estilo de vida, que evita ao máximo o contato com micro-organismos que podem causar doenças, está nos deixando cada vez mais imunes às ameaças do ambiente. Mas uma delas, em especial, tem traçado o caminho inverso.
Com uma prevalência cada vez maior na população mundial, a alergia — em suas mais variadas formas — é hoje considerada a doença da vida moderna. Nos Estados Unidos, ela ocupa o quinto lugar no ranking de doenças crônicas. No Brasil, estima-se que, nas últimas três décadas, o número de alérgicos tenha aumentado em 50%.
A estimativa mundial é de que uma em cada três pessoas sofra de algum tipo de reação alérgica — um número muito maior que o da época de nossos avós. E essa incidência, preveem especialistas, pode chegar a alcançar metade da população mundial nos próximos 10 anos.
— Há cerca de quatro décadas, as doenças alérgicas deixaram de ser condições até certo ponto raras, atingindo, nos dias atuais, uma proporção epidêmica, o que as têm levado a ser consideradas um problema sério de saúde pública — explica o alergista e imunologista Giovanni Marcelo Di Gesu, do Hospital Santa Casa de Porto Alegre.
Muitas teorias surgiram ao longo dos últimos anos para explicar o curioso fenômeno, mas cientistas acreditam que agora estão no caminho certo para desvendar a origem do mistério.
ZERO HORA
Nenhum comentário:
Postar um comentário