AUMENTA NÚMERO DE BRASILEIROS COM EXCESSO DE PESO
Mariana Fusco Varella
Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quarta (15/04) revela que mais da metade da população brasileira está acima do peso.
A Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) avaliou os hábitos de 40.853 pessoas durante 9 anos, entre 2006 e 2014. O índice de pessoas acima do peso subiu 23% nesse período: de 43% em 2006 para 52,5% em 2014. O número de obesos hoje representa 17,9% da população, contra 11,8% em 2006. Os dados foram coletados nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.
Os homens representam a maioria dos casos de sobrepeso: 56,5% da população, enquanto 49,1% é de mulheres. Os jovens registram a menor prevalência de excesso de peso: na faixa etária dos 18 aos 24 anos, 38% da população está acima do peso, enquanto na faixa dos 45 aos 64 anos, esse índice salta para 61%.
Foi possível observar, também, que quanto menor o índice de escolaridade, maior o número de pessoas com excesso de peso. Entre os que estudaram até 8 anos, o índice é de 22,7%. Entre os que estudaram 12 anos ou mais, a porcentagem é de 12,3%.
A pesquisa ressalta, ainda, que a obesidade é o principal fator de risco para doenças crônicas, como hipertensão arterial,diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. No Brasil, essas doenças respondem por 72% das mortes.
Melhora nos hábitos
No entanto, as notícias não são apenas ruins. O brasileiro se exercita mais hoje do que há 6 anos. Em 2009, apenas 29,9% das pessoas faziam a quantidade de exercício físico recomendada pela OMS (150 minutos semanais). Em 2014, esse número passou para 35,3%, representando um aumento de 18%.
A notícia é boa, visto que o sedentarismo é o quarto maior fator de risco de mortalidade global.
Os homens são mais ativos do que as mulheres: 41,6% contra 30%. Os jovens também se exercitam mais que os mais velhos.
O consumo de frutas e hortaliças também aumentou: 36,5% das pessoas consomem esses alimentos cinco vezes por semana ou mais. Contudo, o índice cai para 24,1% quando se considera a quantidade recomendada pela OMS (5 porções ou mais por dia, o que representa 400g por dia).
O consumo de carnes com excesso de gorduras, doces e refrigerantes também diminuiu, enquanto o consumo de sal continua alto: 12 gramas por dia (o recomendado é duas vezes menos que isso).
Apesar da melhora nos hábitos alimentares e do aumento da atividade física, 16,2% da população substitui o almoço ou o jantar por lanche 7 dias da semana ou mais.
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/abril/15/PPT-Vigitel-2014-.pdf
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